12 de novembro de 2008

Epilepsia

O que é a Epilepsia?

A Epilepsia é uma doença crónica, que se diagnostica quando uma pessoa tem duas ou mais convulsões sem febre. Nesta definição está implícita a noção de que é necessário que as crises sejam recorrentes, e surjam espontaneamente.

O que são convulsões?
As convulsões epilépticas resultam de uma actividade anormal das células cerebrais. Desmaios, sonambulismo, “crises de nervos”, não são convulsões epilépticas e nada têm a ver com epilepsia. Diferentes partes do cérebro executam diferentes tarefas. Se a actividade anormal ocorre numa área responsável pelos movimentos da face, então a convulsão será caracterizado por “espasmos” da face. Se for a área responsável pela percepção de odores, a “convulsão” consistirá na sensação de um cheiro intenso que as outras pessoas não notam. Assim, a variedade de convulsões é enorme, indo desde as simples”paragens” de actividade, às crises de “grande mal” com movimentos descontrolados de todo o corpo e perda de conhecimento. Todos estes episódios resultam de uma “descarga” anormal de um conjunto de neurónios (células nervosas), que em regra acontece sem aviso prévio e com duração limitada. Esta descarga provoca uma desorganização temporária da actividade cerebral. As convulsões que têm origem numa zona limitada do cérebro chamam-se parciais, as que envolvem o cérebro na sua globalidade chamam-se generalizadas. Por vezes, mesmo as convulsões parciais alteram o estado de consciência da pessoa sendo chamadas de complexas em oposição às em que tal não sucede (simples).

Qual a causa?
A maior parte das vezes a epilepsia resulta de uma predisposição constitucional ou intrínseca para ter convulsões. Para esta propensão contribuem, seguramente, factores genéticos. Mais raramente a epilepsia é devida a lesões cerebrais identificáveis, quer congénitas quer adquiridas. Factores externos ou internos como a privação do sono, stress, variações hormonais ou outros modificam a excitabilidade cerebral contribuindo para a eclosão de uma crise.
Como se diagnostica?
O diagnóstico é clínico, isto é, resulta da análise feita pelo médico da descrição dos episódios. Mais raramente uma crise pode ser visualizada através de gravação em vídeo ou observação directa do médico. O electroencefalograma (E.E.G.) é um exame muito útil mas não permite, muitas vezes, e só por si, fazer o diagnóstico. Na verdade, muitas pessoas com epilepsia têm um EEG normal, e não é raro haver anomalias em indivíduos que não têm epilepsia. Por isso, o resultado de um EEG deve ser interpretado à luz da informação clínica. Em alguns casos é importante a realização de um exame de imagem, (TAC ou Ressonância Magnética), para excluir a presença de uma lesão estrutural.

Como se trata?
Existe um grande número de medicamentos anticonvulsivantes. Estes remédios devem ser tomados, a maior parte das vezes, durante períodos de alguns anos. Para cada tipo de epilepsia e doente existe um ou mais medicamentos que estão particularmente indicados. A escolha do medicamento depende assim de um grande número de factores que devem ser ponderados cuidadosamente.

Qual o prognóstico?
O prognóstico depende de um variado número de factores que incluem o tipo de epilepsia, sua causa, resposta ao tratamento e idade entre outros. Cerca de 20% das epilepsias são de muito difícil tratamento, mas a maior parte das vezes consegue-se um controlo satisfatório das crises. Diversas formas de epilepsia são limitadas no tempo e consideradas benignas, outras respondem a tratamento cirúrgico, principalmente quando se identifica uma lesão localizada.

1 comentário:

Anónimo disse...

Queridas Mães especiais...
Há muito tempo que vou seguindo o blog da mãe grilinha e acompanhando o crescimento do JP e através desse blog fui conhecendo outros que vão contando histórias de bébés que são um exemplo de vida. Há dois anos atrás fiquei grávida, ou melhor ficámos porque fui eu e a minha irmã. Tivemos duas meninas que são "primas gémeas" (fazem diferença de 6 dias). Se a minha filha é um bébé normal, a minha sobrinha é um verdadeiro exemplo de vida e d luta. desde cedo na gravidez soubemos que ela teria algumas mal formações congénitas mas todas elas só fisicas, teve d ser amputada e ñ tem dedos de uma mão. Pq esta hist neste espaço? Pq para mim o maior desafio é fazer c q a diferença seja encarada pela minha filha c naturalidade, e nunca seja utilizada como uma arma provocatória. É um desafio muito mais simples do que o vosso...mas será que me podem ajudar a perceber o q posso fazer para conseguir ensinar todos os dias uma criança dita normal a ver nas crianças ditas diferentes como iguais a ela. Obg pelo vosso apoio
Mãe